Durante estes dias o coordenador do Rede Bairros esteve presente constatando a importância de fortalecer a troca de experiências entre as pessoas. Coordenador: – “reunir pessoas com diferentes saberes nos proporcionou novos aprendizados e troca de contatos, também conheci trabalhos que não sabia que existia na comunidade é Interessante a técnica de articular valores e talentos de olhar o lado cheio do copo”.
Evento ABCD da Colaboração reúne uma centena de pessoas no Grajaú.
16/08/2009 12:32Encontro realizado no Jardim Cipramar promoveu rodas de conversa, palestras e muitas trocas, com o objetivo de fortalecer as comunidades a partir de seus talentos e potencialidades
Entre os dias 14 e 15 de março de 2009, foi realizado o evento ABCD da Colaboração - I Encontro dos Grupos ligados ao Desenvolvimento Comunitário baseado em Talentos e Recursos Locais, no Centro de Convivência Santa Dorotéia, no Jardim Cipramar, Grajaú.
Em cada um dos dias, cerca de 100 pessoas estiveram reunidas para debater e trocar experiências sobre o trabalho comunitário a partir das capacidades de seus moradores, com vistas à melhoria da qualidade de vida em nossa região.
O evento contou com debates, palestras e rodas de conversa, além de apresentações culturais. Para o Grupo de Estudos e Trabalho Colaborativo (GETC-Grajaú), organizador do evento, foi uma rica oportunidade para disseminar a abordagem colaborativa e colocar em prática seus princípios, especialmente no que tange às capacidades locais e à promoção das redes de relacionamento.
Para entender a abordagem colaborativa Durante mais de 30 anos, dois pesquisadores norte-americanos – John Kretzmann e John McKnight – dedicaram-se ao estudo de comunidades que alcançaram sucesso em suas iniciativas de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida local. O ponto em comum encontrado é que essas comunidades trabalhavam a partir de seus ativos. Isto quer dizer que, por mais problemas e necessidades que uma comunidade tenha, ela consegue vencer seus obstáculos e prosperar quando investe no talento e nas capacidades dos moradores.
Além disso, as comunidades prósperas promoviam redes de relacionamento entre indivíduos, associações e organizações, pois a partir dessas conexões é que as ações podem ser construídas de forma coletiva – e colaborativa. Esses princípios foram então organizados na forma de uma abordagem, que ficou conhecida como Desenvolvimento Comunitário baseado em Talentos e Recursos Locais – “ABCD” na sigla em inglês (Asset Based Community Development). Também chamada de abordagem colaborativa, foi trazida ao Brasil na década de 1990 e teve sua primeira experiência prática no bairro do Cajuru, em Curitiba (PR). O a que diferencia de outras abordagens de trabalho social é justamente o foco no que é positivo. Muitos projetos trabalham a questão comunitária a partir de suas necessidades, olhando apenas os problemas que existem e de que forma podem “ajudar” à comunidade. Na abordagem colaborativa, não se fecha os olhos para os desafios – muito pelo contrário. Mas é a partir do que já existe de positivo que se pode planejar e organizar ações, pois o saber já está na comunidade: basta haver um novo olhar para essas potencialidades e trabalhar para fortalecer as redes de apoio junto aos diferentes setores (associações locais, empresas, poder público etc). A comunidade é protagonista de sua própria história.
Próximos passos:
A partir de agora, o GETC-Grajaú volta-se à sua própria formação para buscar novas formas de sensibilizar, mobilizar e articular mais pessoas em torno do trabalho colaborativo. Para tanto, vem planejando o mapeamento de recursos da região, bem como a capacitação de novos colaboradores por meio de oficinas – a primeira está marcada para o dia 6 de junho. O objetivo é formar uma rede cada vez maior e mais consistente para a construção comunitária baseada nas potencialidades locais.
Contribuição de: Aline Nakamura (aline.ecos@gmail.com)
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